REGIO onde se encontra o atual Municpio de
Tupaciguara era habitada primitivamente pelos ndios Caiaps e foi atravessada, em 1722, pela
bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva - o Anhanguera.
Para proteger-se dos ataques dos aborgines, Anhanguera edificou dezoito aldeias em sua rota,
alojando nelas ndios de varias tribos, principalmente Bororos, oriundos de Mato Grosso.
Desbravada assim a regio, teve incio a colonizao, com a diviso das terras em sesmarias.
De 1841 a 1842, graas aos esforos de D. Maria Teixeira, devote de Nossa Senhora da Abadia, foi
construda uma pequena capela no local, ento pertencente a parquia de Monte Alegre, e no ano
seguinte verificou-se ligeiro acidente, sem conseqncias, com o carro que conduzia para ali um
padre, para celebrar missa.
Por esses motivos, a povoao que se formava em torno da capela ou a ser chamada de "Abadia do
Monte Alegre" ou "Abadia do Bom Sucesso".
O topnimo adotado posteriormente - Tugaciguara -e de origem indgena. Significa "Terra da Me de
Deus" (Tupa-ciguara).
Gentlico: tupaciguarense
Formao istrativa
Distrito criado com a denominao de Abadia do Bom Sucesso, por lei provincial n 900, de
0806-1858, e por lei estadual n 2, de 14-09-1891, subordinado ao municpio de Monte Alegre.
Elevado categoria de vila com a denominao de Abadia do Bom Sucesso, pela lei estadual n 556,
de 30-08-1911, desmembrado de Monte Alegre. Constitudo de 2 distritos: Abadia do Bom Sucesso e
Mato Grosso. Ambos desmembradoa do municpio de Monte Alegre. Instalado em 01-061912.
Nos quadros do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, a vila constituda de 2 distritos: Abadia do
Bom Sucesso e Mato Grosso.
Pela lei estadual n 823, de 07-09-1923, a vila de Abadia do Bom Sucesso ou a denominarse
Tupaciguara.
Elevado categoria de cidade e sede com a denominao de Tupaciguara, pela lei estadual n 893,
de 10-09-1925.
Em diviso istrativa referente ao ano de 1933, o municpio j denominado Tupaciguara
constitudo de 2 distritos: Tupaciguara e Arapore.
Assim permanecendo em divises territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei n 148, de 17-12-1938, o distrito de Mato Grosso, ou a denominar-se Arapor.
Em diviso territorial datada de 1-VII-1960, o municpio constitudo de 2 distritos: Tupaciguara
e Arapor. Elevado categoria de municpio.
Assim permanecendo em diviso territorial datada de 1991.
Pela lei estadual n 10704, de 27-04-1992, desmembra do municpio de Tupaciguara o distrito de
Arapor. Elevado categoria de municpio.
Em diviso territorial datada de 2003, o municpio constitudo do distrito sede.
Assim permanecendo em diviso territorial datada de 2007.
Alterao nmica distrital
Abadia de Bom Sucesso para Tupaciguara alterado, pela lei estadual n 823, de 07-09-1923.
mais historia,
Na dcada de 20,
alavancou-se o lugarejo, em amplo progresso. Com o desenvolvimento da
lavoura e da pecuria, formaram-se grandes fazendas, que produziam arroz,
feijo, milho, etc. e que tinham enormes rebanhos de gado vacum e
eqino, atraindo grandes negcios para o municpio. 57611y
Com isso, os
fazendeiros, na sua maioria, foram morar na cidade onde construram
casas confortveis, obrigando, assim, uma certa ordem no seu traado, com
arruamento disciplinado, criao de praas, melhoramento na igreja, etc.
O municpio no foi afetado
pelas revolues de 22 e 24, e os acontecimentos restringiram-se
a comentrios nos alpendres das casas dos coronis, chefes polticos
poderosos, detentores de enormes fortunas, que ostentavam o ttulo de
Coronel da Guarda Nacional, outorgado pelo Governo Federal, para contar
com seu apoio poltico-eleitoral.
O Governo no perdia a eleio, o voto
no era livre, imperava o voto de cabresto, ganhava quem os coronis
escolhiam. A Revoluo de 1930 alterou a vida da pacata cidadezinha. Os
aliancistas (adeptos da aliana liberal), andavam pelas ruas com seus
lenos no pescoo, smbolo dos seguidores do Dr. Getlio Vargas, contando
bravatas, fazendo discursos.
O mesmo aconteceu em
1932, com a revoluo constituinte. Desta vez requisitaram o Grupo
Escolar, nico estabelecimento de ensino do lugar, para quartel do 4.
B.C. Batalho de Comando, sediado em Uberaba, a fim de aquartelar a
tropa que deveria lutar contra paulistas e goianos, que desejavam uma
constituinte, a qual se opunha o Governo de Getlio Vargas.
Entretanto, a revoluo
deixou lembranas da movimentao dos legalistas, dos treinamentos dos
soldados, dos discursos inflamados, dos tiros disparados, para o cho ou
para o ar, em ruidosas demonstraes de hipottica coragem e duvidoso
idealismo.
O comrcio local dos anos 30, limitava-se s vendas do Seu
Vda , Sr. Joo de Barros, Sr. Quincas de Barros e, mais tarde, do Sr.
Joaquim de Paiva, Sr. Jos Maria, Sr. Bolvar (chamada Vendo). Essas
vendas tinham de tudo: botes, linhas, tecidos, cachaa, rapadura, acar
mascavo, fumo de rolo, rap, arroz, feijo e outros, enfim, o que se
precisava, procurava-se na venda.Apesar da diversidade de artigos, o
principal produto destes estabelecimentos, o mais procurado, era, sem
dvida alguma, o gostoso bate-papo, prosas interminveis, causos,
contados, preguiosamente, entre um gole de cachaa e uma pitada no pito
de palha!
Nas dcadas de 40 e 50,
aos sbados e domingos, quase todos os tupaciguarenses iam para o centro
da cidade, na rua Cel. Joaquim Mendes. L estava o cinema (Cine Teatro
Helena), o bar Glria e o Vai - Vem. Os jovens eavam nas
caladas da referida rua, bem em frente ao cinema. Chamava-se Vai - Vem
porque, enquanto as moas vinham voltando de l pra c, os rapazes iam em
sentido contrrio, voltando em seguida, quando atingiam um imaginrio
limite. No tinha horrio para comear, nem algum para tomar a
iniciativa; simplesmente comeava...
Nessas idas e vindas, longos e
lnguidos olhares eram trocados pelos jovens enamorados. Os mais atrevidos
arriscavam uma piscadela, um discreto sinal ou, at mesmo, um pequeno
encontro.
O Vai - Vem terminava
quando comeava a sesso cinematogrfica. As moas entravam primeiro no
cinema, e tratavam de reservar um lugar para o seu bem amado, que s
tomava o assento quando as luzes se apagavam, pois ele no era bobo de
arriscar sua pele sanha nervosa dos pais da eleita. Aqueles que no iam
ao cinema, iam para os bares, principalmente o Bar Glria.
( Fonte de pesquisa: obra Reminiscncias de Tupaciguara
Slvio Mamede).
Destacavam-se, tambm,
vrias empresas de todos os ramos, dentre as quais, pode-se citar:
Sapataria Morena, Armazm Lopes, Mveis Boa Vontade, Rdio Tupaciguara, A
Nova Amrica, Caninha Quero Mais, CASEMG, Cine Teatro Helena, A Royal,
Cerealista Tringulo Ltda, Cerealista Ceres Ltda, Cerealista Vilela Ltda,
CITUSA Comrcio e Indstria de Cereais Tupaciguara S/A. Essas empresas
contriburam, significativamente, para o desenvolvimento da cidade,
algumas ainda se apresentam em plena atividade at os dias de hoje.
Durante muitos anos, a comunidade tupaciguarense sonhou com uma ponte na zona
rural, que ligasse os estados de Minas Gerais e Gois. Foram tantos e tantos encontros, reunies e lutas, polticos
indo e vindo da capital, Belo Horizonte.
Depois de tudo aprovado, a ponte foi construda, a veio uma nova ordem geral na cidade, o
fechamento da represa de Tupaciguara (FURNAS). A to sonhada e batalhada ponte foi submersa pelas
guas da represa, e, hoje, vive na lembrana dos mais velhos que am os abaixo-assinados em
busca da referida obra.
Em 1978, o municpio de Tupaciguara ou por grandes transformaes em funo do fechamento da
Represa Hidreltrica de Furnas com a desapropriao de grandes propriedades de terras, de
excelente qualidade.
Referencias:
IBGE
Ache Tudo e Regio