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HISTORIA DE
LONDRINA |
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3e2f14
O Norte do Paran, uma regio de terra
roxa, muito frtil, era, at poucas dcadas, uma extensa
floresta. A colonizao espontnea foi marcada pelo
arrojo de homens sados de Minas Gerais ou de So Paulo,
que foram chegando rea de Cambar, entre 1904 e 1908.
Rapidamente, a faixa entre Cambar e o Rio Tibagi uma
linha que representaria o futuro percurso da ferrovia
So Paulo-Paran foi tomada por grandes propriedades
cujos donos, via de regra, as subdividiam em pequenas
parcelas vendidas como lotes urbanos ou rurais.

FOTO: Jos Juliani
1 catedral de Londrina, inaugurada em 19
de agosto de 1934. |
Enquanto
isso, vastas reas de terra roxa de domnio
estadual, localizadas a Oeste do Rio Tibagi,
permaneciam praticamente inexploradas,
sofrendo os efeitos de um lento e ineficaz
plano de colonizao do governo. Em 1920,
percebia-se uma sria frustrao nas
expectativas de ocupao da rea, em virtude
da morosidade do Estado. |
Havia falta de continuidade, recursos financeiros
limitados e uma visvel inpcia oficial. O quadro, alm
disso, j tinha sido agravado com a deflagrao da
Primeira Guerra Mundial, que no apenas interrompeu o
fluxo de imigrantes como tambm provocou desconfiana
naqueles que j se encontravam na regio.
A partir de 1922, o governo estadual comea a conceder
terras a empresas privadas de colonizao, preferindo
usar seus recursos na construo de escolas e estradas.
Em 1924, inicia-se a histria da Companhia de Terras
Norte do Paran, subsidiria da firma inglesa Paran
Plantations Ltd., que deu grande impulso ao processo
desenvolvimentista na regio norte.

FOTO: Jos Juliani
George Craig Smith: jovem paulista descendente de ingleses, foi
chefe da caravana que chegou em 1929 e grande colaborador no
crescimento de Londrina.
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FOTO: Jos Juliani
Dr. Willie da Fonseca Brabazon Davis:1 prefeito eleito
em12/09/1935 |
Naquele ano, atendendo a um convite do governo
brasileiro que sabia do interesse dos ingleses em
abrir reas para o cultivo de algodo no exterior
chega a Misso Montagu, chefiada por Lord Lovat, tcnico
em agricultura e reflorestamento. Lord Lovat ficou
impressionado com a exuberncia do solo norte-paranaense
e acabou adquirindo duas glebas para instalar fazendas e
mquinas de beneficiamento de algodo, com o apoio da
Brazil Plantations Syndicate, de Londres.
O empreendimento fracassou, devido aos preos baixos e
falta de sementes sadias no mercado, obrigando a uma
mudana nos planos. Foi criada, assim, em Londres, a
Paran Plantations e sua subsidiria brasileira, a
Companhia de Terras Norte do Paran, que transformaria
as propriedades do empreendimento frustrado em projetos
imobilirios.
J de incio, a Companhia concedeu todos os ttulos de
propriedade da terra, medida inusitada para as condies
da regio e mesmo do Brasil. Por isso, os conflitos
entre colonos antigos e os recm-chegados praticamente
no existiram na zona colonizada pelos ingleses.

FOTO: Jos Juliani
3 Estao Rodoviria de Londrina:
construda no local onde hoje est a Concha
Acstica, na Praa 1 de Maio. |

FOTO: Jos Juliani
Hospital Santa Casa de Londrina, inaugurado
em 7 de setembro de 1944, em um terreno de
mais de um hectare, doado pela CTNP
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Porm, a grande novidade introduzida pela Companhia e
que lhe valeria o slogan de a mais notvel obra da
colonizao que o Brasil j viu foi a repartio dos
terrenos em lotes relativamente pequenos. Os ingleses
promoveram, desta forma, uma verdadeira reforma agrria,
sem interveno do Estado, no Norte do Paran,
oferecendo aos trabalhadores sem posses a oportunidade
de adquirirem os pequenos lotes, j que as modalidades
de pagamento eram adequadas s condies de cada
comprador.
A Companhia explicitaria a sua poltica: Favorecer e
dar apoio aos pequenos fazendeiros, sem por isso deixar
de levar em considerao aqueles que dispunham de
maiores recursos.

FOTO: Jos Juliani
1 Estao Ferroviria de
Londrina, inaugurada em 28 de julho de 1935 |
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Este sistema estimulou muito a concentrao da produo
principalmente cafeeira, a exploso demogrfica, a
expanso de ncleos urbanos e o aparecimento de classes
mdias rurais.
O projeto de colonizao, alm disto, trouxe outras
inovaes, como a propaganda em larga escala, transporte
gratuito para os colonos, posse das terras em quatro
anos, alguma assistncia tcnica e financeira,
levantamento de toda a rea e at o mapeamento do solo
em algumas zonas.
Londrina surgiu em 1929, como primeiro posto avanado
deste projeto ingls. Na tarde do dia 21 de agosto de
1929, chegou a primeira expedio da Companhia de Terras
Norte do Paran ao local denominado Patrimnio Trs
Bocas, no qual o engenheiro Dr. Alexandre Razgulaeff
fincou o primeiro marco nas terras onde surgiria
Londrina. O nome da cidade foi uma homenagem prestada a
Londres pequena Londres, pelo Dr. Joo Domingues
Sampaio, um dos primeiros diretores da Companhia de
Terras Norte do Paran. A criao do Municpio ocorreu
cinco anos mais tarde, atravs do Decreto Estadual n.
2.519, assinado pelo interventor Manoel Ribas, em 3 de
dezembro de 1934. Sua instalao foi em 10 de dezembro
do mesmo ano, data em que se comemora o aniversrio da
cidade. O primeiro prefeito nomeado foi Joaquim Vicente
de Castro.
A primeira dcada aps a fundao foi uma fase de
desenvolvimento comercial. Neste perodo aconteceu um
fortalecimento da estrutura comercial de Londrina,
quando muitas empresas paulistas se instalaram na regio
(alimentcia, armarinhos, atacadistas). O setor
industrial limitava-se a ordenar a matria prima
regional (maquinas de caf e cereais), mantendo a
dependncia em relao a outros centros urbanos com
maior grau de industrializao.
As principais realizaes no final dos anos 40 foram: a
implantao de galerias pluviais, construo de escolas,
elaborao do plano urbanstico o que demonstrou uma
preocupao com a ocupao do solo.
Londrina, j nos anos 50, emergiu no cenrio nacional
como importante cidade do interior do Brasil. Neste
perodo, apresentou considerada expanso urbana em razo
da produo cafeeira no norte do Paran, em especial na
cidade de Londrina, o que levou intensificao do
setor primrio de toda regio. Nesta dcada a populao
ou de 20.000 habitantes para 75.000, sendo que quase
metade se encontrava na rea rural.
No final desse decnio Londrina contava com um complexo
urbano que consistia em faculdade, colgios, postos de
sade, hospitais, rdios e complexos destinados ao lazer.
Nos anos 60 surgiram os primeiros conjuntos
habitacionais, que se localizavam distncia de 6 a 7
Km do centro da cidade. Esses centros habitacionais
foram edificados pela COHAB e atendiam s populaes
mais necessitadas da sociedade londrinense. Outro fato
importante neste perodo foi a criao do Servio de
Comunicao Telefnica de Londrina SERCOMTEL.

FOTO: Jos Juliani
Primeira agncia bancria privada
instalada em Londrina, em 1 de fevereiro de 1938 |

FOTO: Jos Juliani
Colgio Me de Deus:
fundado em 3/3/1936. Em17/7/1938 com suas prprias instalaes na
rua Par onde permanece at hoje |
Em franco desenvolvimento, na dcada de 70, Londrina j
contava com 230.000 habitantes e uma produo agrcola
voltada para o mercado externo. Nesta poca criou-se os
primeiros centros industriais que visavam o incentivo e
a coordenao do desenvolvimento industrial da cidade.
Houve uma ampliao na prestao de servios como
educao, sistema de gua e esgoto, pavimentao,
energia eltrica, comunicao, e a criao do Parque
Arthur Thomas, a construo da nova Catedral, Ginsio de
Esporte Moringo, entre outras obras.
A dcada de 80 foi marcada pela fase de ao
istrativa, quando o poder pblico demonstrou uma
preocupao com o capital comercial e desenvolveu aes
que incentivaram o planejamento urbano, tais como a
retirada da ferrovia do centro, a criao das vias
Expressa Norte - Sul e da Avenida Leste - Oeste, bem
como a instalao do Terminal Urbano de Transporte
Coletivo.
Londrina se consolidou como Plo Regional de bens e
servios e se tornou, definitivamente, a terceira mais
importante cidade do Sul do Brasil na dcada de 90,
quando foi desenvolvido o primeiro Plano Diretor. Neste
perodo a cidade apresentava uma estrutura voltada para
reas residenciais em praticamente todo seu territrio,
destacando a regio central em razo do desenvolvimento
da construo civil, refletida em inmeros edifcios de
padro mdio e alto. A regio Norte da cidade, que nas
dcadas anteriores se enquadrava como regio rural,
revelou-se como maior rea residencial da cidade,
apresentando uma concentrao de conjuntos habitacionais
financiados pelo BNH.
Dcada a dcada, verifica-se que Londrina teve um
crescimento constante, consolidando-se como principal
ponto de referncia do Norte do Paran, bem como
exercendo grande influncia e atrao regional.
Referncias:
CASTELNOU, Antonio Manoel N. Panorama geral da
arquitetura londrinense. 1996. Monografia (Graduao de
Arquitetura e Urbanismo) CESULON, Londrina
COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARAN. Colonizao e
desenvolvimento do norte do Paran. 1975. (Publicao
comemorativa do cinqentenrio
da CMNP)
Fonte:Prefeitura Municipal
Pagina visitada em 25/02/2012
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